Autoridades policiais apreendem dois menores de idade por ligação com o homicídio de aluno.

Dois adolescentes de 14 anos foram apreendidos pela Polícia Civil sob suspeita de envolvimento nas agressões que causaram a morte do estudante Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra, 13 anos, na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande, São Paulo. O jovem foi agredido em abril e faleceu uma semana depois do ocorrido.

Os dois adolescentes foram levados à Fundação Casa, onde ficam à disposição da Justiça, após serem apresentados espontaneamente por seus pais, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Um terceiro suspeito, de 11 anos, também foi identificado, porém não pode ser detido devido ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Os dois alunos apreendidos eram colegas do 6º ano da vítima, e foram acusados de pular nas costas de Carlos, resultando em dores nas quais o adolescente foi inicialmente atendido, mas que acabaram levando à sua morte. O incidente ocorreu na escola em que estudavam.

Carlos sofreu agressões dentro e fora da escola, conforme vídeos divulgados, chorando de dor em casa. A Secretaria Estadual de Educação registrou a hostilização anterior ao falecimento do jovem, repudiando qualquer forma de violência no ambiente escolar e colaborando com as investigações em andamento.

O pai de Carlos, Julysses Fleming, relatou que procurou a direção da escola após as agressões, porém foi ignorado pelo diretor, que alegou que o assunto deveria ser resolvido entre as crianças envolvidas. O caso foi registrado no aplicativo Conviva, utilizado para comunicar ocorrências nas escolas.

Um incidente envolvendo o filho de Carlos Gomes gerou controvérsia depois que a funcionária da escola informou erroneamente que o menino havia caído da escada. No entanto, Carlos Gomes Jr. desmentiu essa versão e revelou que na verdade foi agredido por três colegas.

Em uma entrevista à TV Bandeirantes, Julysses relatou que tentou marcar uma reunião com os pais dos agressores por três vezes, mas a subdiretora da escola negou todas as solicitações. A situação levantou questões sobre a gestão de conflitos e comunicação na instituição de ensino.

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