O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou ao exército que se preparasse para uma guerra que ele acredita ser “inevitável” contra os Estados Unidos. Segundo a agência estatal KCNA, Kim afirmou que a guerra poderia eclodir a qualquer momento e ordenou aos militares que estivessem prontos para pacificar todo o território da Coreia do Sul, inclusive com bombas nucleares, se necessário. O discurso do líder norte-coreano ocorreu após uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, onde são estabelecidas metas econômicas, militares e de política externa para o próximo ano.
Kim Jong-un afirmou que, devido aos movimentos imprudentes dos inimigos para invadir a Coreia do Norte, uma guerra na península coreana é uma possibilidade iminente. Em novembro, o governo norte-coreano lançou um satélite militar em órbita, alegando que o equipamento forneceria imagens de posições militares tanto americanas quanto sul-coreanas. O líder norte-coreano também criticou os Estados Unidos por instigar os parceiros sul-coreanos e japoneses que, segundo ele, desempenham o papel de “fantoches” na execução da política hostil americana.
Enquanto isso, os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul têm fortalecido sua cooperação militar em resposta aos testes de armas realizados pela Coreia do Norte este ano. Os países também estabeleceram um sistema para compartilhar informações em tempo real sobre lançamentos de mísseis norte-coreanos. Recentemente, um submarino dos EUA atracou no porto sul-coreano de Busan, e Washington realizou manobras conjuntas com Seul e Tóquio por meio de bombardeios de longo alcance.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs novas sanções à Coreia do Norte pouco antes das eleições americanas, evidenciando a tensão entre os dois países.
