A vida diária das influenciadoras do mundo das drogas que cumprem pena no presídio feminino

Três influenciadoras digitais estão detidas no Presídio Feminino do Distrito Federal há 17 dias, como parte da Operação Refil Verde da Cord, adaptando-se à rotina na prisão. O Ministério Público do DF se pronunciou a favor das prisões preventivas. Dentro da Colmeia, a unidade prisional conhecida no Gama, as presas provisórias seguem protocolos separadas em uma ala especial.

Rhaynara Didoff, Elisa de Araújo Marden e Letícia Susane Correia Castro vivenciam a programação da ala provisória, com banho de sol diário, refeições regulares, cuidados médicos e visitas de parentes cadastrados. A Operação Refil Verde revelou um esquema ligado a lavagem de dinheiro, tráfico internacional e crimes contra a saúde pública, liderado por empresários de São Paulo. O grupo usava contas bancárias e empresas fictícias para operar. As investigações levaram a prisões e apreensões em diversas localidades do Brasil.

A organização criminosa realizava comércio eletrônico de drogas, disfarçadas como medicamentos em sites e redes sociais. Influenciadores digitais eram contratados para promover a venda da droga em seus perfis. O esquema sofisticado incluía uma rota internacional para trazer óleo de maconha dos EUA para o Brasil, escondido em potes para depilação. A droga era refinada e camuflada em produtos como colas em bastão e refis de cigarros eletrônicos, enviados para clientes por correios em todo o país.

Um esquema de milionários em expansão, com redes de contatos internacionais e diferentes plataformas online, incluindo redes sociais alternativas para evitar bloqueios.

Os líderes do grupo, localizados no interior de São Paulo, mantinham-se afastados das operações diretas com drogas, que eram distribuídas por meio de uma empresa privada em parceria com os Correios.

Operando de forma remota, os chefes do esquema se protegiam com múltiplas camadas de segurança para evitar detecção policial.

Nas investigações, foi notada a presença ativa de mulheres, algumas exercendo funções de liderança, com a tentativa de expandir o público-alvo sob a justificativa de benefícios terapêuticos dos produtos.

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