Aumenta para mais de meio milhão o número de pessoas desalojadas por enchentes no Rio Grande do Sul

As chuvas intensas que atingem o estado do Rio Grande do Sul resultaram no aumento do número de desalojados, passando de 339 mil para 537 mil, de acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil. O total de mortes confirmadas é de 136, sem nenhum óbito sob investigação relacionado aos eventos meteorológicos. A situação afeta 446 municípios, com 81 mil pessoas alojadas e 806 feridos. O número de desaparecidos chega a 125.

A Defesa Civil orienta quem está na lista de desaparecidos a procurar a Delegacia de Polícia Civil mais próxima para regularizar seus dados. Mais de 27 mil profissionais, 4 mil viaturas, 340 embarcações e 41 aeronaves estão envolvidos nas operações de resgate e apoio. Na região de Canoas, moradores e voluntários se unem nas buscas, utilizando viadutos e embarcações para ajudar as vítimas das enchentes.

A solidariedade e o esforço conjunto da comunidade são evidenciados nas fotos que mostram as ações de resgate em andamento. O resgate e a assistência aos moradores afetados pelas inundações tornam-se cruciais diante da situação de emergência enfrentada no Rio Grande do Sul.

A região de Matias Velho, no Rio Grande do Sul, que costumava ser ponto de partida dos trens, agora se tornou local de apoio para embarcações utilizadas em operações de resgate. A cidade enfrenta fortes chuvas, com risco de deslizamentos de terra, principalmente na área da Serra Gaúcha. Institutos meteorológicos alertam que as precipitações estão generalizadas em todo o estado, podendo se estender até Santa Catarina. Porto Alegre, capital do estado, pode ser afetada por tempestades.

O rio Guaíba, em Porto Alegre, registrou uma queda de 32 centímetros em apenas 24 horas, atingindo a marca de 4,74 metros às 6h15 desta sexta-feira. Apesar da diminuição significativa, o nível do rio permanece acima da cota de inundação, estabelecida em 3 metros. Especialistas preveem que o rio deve manter-se nessas condições por pelo menos mais uma semana, estando acima do nível de inundação. A estimativa é de que o Guaíba leve cerca de um mês para voltar ao seu patamar normal.

As condições climáticas continuarão instáveis durante o fim de semana, com alerta para a possibilidade de deslizamentos de terra e fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A população deve ficar atenta às orientações das autoridades locais e tomar medidas de precaução diante do cenário de enchentes e possíveis riscos naturais associados às condições climáticas adversas.

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