Delegados irritados com operação contra ônibus do PCC na ausência da Polícia Civil

Uma operação policial realizada em São Paulo para desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) causou polêmica entre os delegados da cidade. Isso porque a ação foi conduzida apenas pela Polícia Militar, deixando de fora os integrantes da Polícia Civil. A megaoperação envolveu mais de 100 viaturas e cerca de 340 agentes de segurança, resultando na prisão de quatro pessoas e cumprindo 52 mandados de busca e apreensão em diversas regiões de São Paulo.

As empresas Transwolff e UpBus foram os principais alvos da operação, acusadas de lavar dinheiro para o PCC. Além da Polícia Militar, a ação contou com a participação do Ministério Público de São Paulo, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A megaoperação foi resultado de mais de quatro anos de investigação, que teve início com inquéritos da própria Polícia Civil.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) criticou a exclusão da Polícia Civil da operação, classificando-a como “ilegal”. Ele alertou para as possíveis consequências negativas dessa conduta, tanto para as instituições quanto para a população. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo liderou a Operação Fim da Linha, que teve seus resultados apresentados em uma coletiva de imprensa com a presença do secretário da Segurança Pública de São Paulo.

O post trata da prisão dos dirigentes da Transwolff, empresa de ônibus em São Paulo, e do envolvimento de um indivíduo ligado ao PCC. Os acusados são suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa, utilizando as empresas Transwolff e UpBus para tal fim.

Por determinação judicial, a cúpula das empresas foi afastada e as operações ficaram sob responsabilidade da SPTrans, empresa municipal. O esquema de lavagem de dinheiro envolvia ocultar fundos provenientes de atividades criminosas, como tráfico de drogas, por meio das empresas de transporte coletivo.

O Ministério Público de São Paulo realizou investigações e ofereceu denúncias contra diversas pessoas ligadas às empresas, com alegações detalhadas sobre as práticas ilícitas envolvidas. O foragido, conhecido como Cebola e ligado ao PCC, é apontado como sócio de uma das empresas envolvidas no esquema.

Apesar da ação que resultou nas prisões, questões sobre a participação da Polícia Civil na operação permanecem sem resposta, segundo solicitação não respondida à Secretaria de Segurança Pública. O desfecho do caso continua em andamento, com desdobramentos e investigações em São Paulo.

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