O governo federal está se preparando para comemorar o 8 de janeiro, data que marca um ano desde a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília por golpistas que defendiam a destituição do presidente Lula. Os Poderes planejam realizar atos e discursos para celebrar a “vitória da democracia”.
O primeiro evento será uma exposição no Supremo Tribunal Federal (STF), liderada pelo presidente da Corte. A exposição exibirá peças danificadas e fragmentos das depredações ocorridas em 8 de janeiro de 2023, além de imagens da resistência do STF perante ao ato. A exposição estará aberta ao público no dia seguinte.
Outro evento começará no Salão Negro do Congresso Nacional, com expectativa de um discurso do presidente Lula. Autoridades, como governadores, prefeitos, juristas, parlamentares e ministros, estarão presentes, assim como os presidentes do Congresso e da Câmara dos Deputados, além do ministro Barroso. Também participarão da cerimônia os comandantes das Forças Armadas e o procurador-geral da República.
A primeira-dama, Rosângela da Silva, verificou a Praça dos Três Poderes para garantir que esteja em boas condições para receber a população e turistas. Apesar do desejo de Lula por um clima de união, senadores de oposição publicaram um manifesto contra os eventos planejados.
A Esplanada dos Ministérios estará parcialmente fechada para a passagem de veículos e pessoas, com reforço da segurança. Não há informações de uma grande mobilização para novos atos golpistas nesse dia.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Governo do Distrito Federal (GDF) firmaram um protocolo de segurança para o dia 8. O objetivo é definir o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão nessa data, além de investir R$ 3,6 milhões em recursos e equipamentos para fortalecer a segurança pública no Distrito Federal. Isso inclui a disponibilização de viaturas, armamentos, drones, cartuchos e outros equipamentos.
As solenidades que visam relembrar a solidez da democracia foram iniciativas do ex-presidente Lula. Em dezembro, ele convidou governadores, deputados, senadores e empresários para participar dos eventos, com o intuito de destacar a importância do regime democrático para o funcionamento das instituições e a participação do povo na riqueza produzida. O presidente Lula interrompeu suas férias para participar das comemorações, assim como o ministro da Fazenda.
Ao aproximar-se do primeiro aniversário dos ataques, Lula responsabilizou Jair Bolsonaro pela escalada da violência golpista. De acordo com o ex-presidente, Bolsonaro planejou tudo isso e “covardemente se escondeu”, deixando o Brasil nos últimos dias de seu mandato em 2022. Lula afirmou que Bolsonaro não aceitou a vitória dele e tentou desmoralizar a Justiça Eleitoral e outras instituições.
Em comemoração ao primeiro aniversário dos atos golpistas de 8 de janeiro, será lançado um documentário analisando o que aconteceu naquele dia na democracia brasileira. O documentário estará disponível no YouTube a partir da meia-noite da próxima segunda-feira, dia 8 de janeiro de 2023. Fique informado com as notícias do Metrópoles através do canal no Telegram: [link do canal].
