Divisão interna no Partido dos Trabalhadores do Maranhão devido à disputa pelo financiamento do Fundef

Uma polêmica envolvendo o dinheiro devido pelo governo federal ao estado do Maranhão pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) causou divergências no PT local. O vice-governador e secretário de Educação, Felipe Camarão, solicitou a expulsão de um dirigente sindical petista, Raimundo Oliveira.

A controvérsia surgiu após o sindicato dos trabalhadores em Educação Pública (Sinproesemma), liderado por Oliveira, conseguir, no STF, o direito a 60% do montante devido pelo Fundef para os profissionais da educação, desagradando Camarão, que tinha planos para o uso dos cerca de R$ 1 bilhão em outros projetos da pasta educacional.

No total, a União terá que pagar ao estado do Maranhão R$ 3,8 bilhões em precatórios do Fundef, referentes a repasses irregulares entre 1998 e 2002. O governo maranhense defendia que a primeira parcela de R$ 1 bilhão fosse direcionada à educação fundamental e ao bônus dos professores, mas a decisão do ministro Nunes Marques dividiu os recursos, destinando 40% para a manutenção do ensino fundamental e 60% para o bônus dos profissionais.

Em decorrência desse desfecho, Camarão solicitou a expulsão de Oliveira do PT estadual, argumentando que o sindicalista não representa os profissionais da educação nem o partido dos trabalhadores.

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