Fachin nega prorrogação do caso Odebrecht envolvendo Renan e Jucá após 7 anos

Senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, e ex-senador Romero Jucá, do MDB de Roraima, têm situações políticas distintas atualmente. Renan é aliado de Lula, líder da maioria no Senado e tem seu filho como ministro dos Transportes. Jucá, por sua vez, não tem mandato desde 2019 e foi rejeitado em sua última tentativa de voltar ao Congresso. Ambos são investigados há quase 7 anos pelo suposto recebimento de propina da Odebrecht em troca de favores.

O inquérito que investiga Renan e Jucá já teve o prazo de conclusão estendido 14 vezes pelo ministro Edson Fachin. Recentemente, Fachin negou prorrogar o inquérito novamente e ordenou que a Polícia Federal encaminhe as conclusões em até 15 dias. Em seguida, o processo deverá ser enviado à PGR para análise.

A investigação já passou pelas mãos de quatro procuradores-gerais da República: Rodrigo Janot, Raquel Dodge, Augusto Aras e Paulo Gonet. Em agosto de 2022, a PF apresentou um relatório sem atribuir crimes aos políticos, alegando falta de provas e a impossibilidade de analisar todo o material dentro do prazo estabelecido por Fachin.

Apesar das diferentes trajetórias políticas nos últimos anos, a relação próxima entre Renan e Jucá ainda enfrenta desdobramentos no STF. Agora, resta aguardar as conclusões das investigações e ver como esse caso se desenrolará no cenário político brasileiro.

A investigação em andamento, que está sob a responsabilidade de um relator, recebeu mais prazo para sua conclusão. O procurador-geral da República solicitou uma prorrogação de 60 dias para o inquérito, justificando a existência de diligências ainda não concluídas, como a obtenção de respostas de sete hotéis em São Paulo para identificar os supostos receptores de propina. O delator informou que o dinheiro foi entregue a dois homens, identificados como “Sinval” e “Álvaro”. No entanto, desta vez, o pedido foi negado e o relator determinou que a polícia envie as respostas dos ofícios aos hotéis dentro de 15 dias e encaminhe os autos ao procurador-geral da República para uma manifestação final.

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