Marinho levanta dúvidas sobre imparcialidade de Dino no julgamento de Bolsonaro

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal realiza hoje as sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet, indicados para cargos importantes no setor jurídico. Ambos foram indicados pelo presidente Lula e precisam passar pelo crivo do Senado para assumir os cargos.

O senador Rogério Marinho questionou a isenção de Flávio Dino para julgar ações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, citando declarações polêmicas feitas por ele. Durante a sabatina, Dino destacou a importância da imparcialidade no Poder Judiciário, afirmando que todas as togas são iguais e que a Constituição e as leis devem ser aplicadas de forma imparcial.

Dino respondeu sobre uma visita que fez à Maré, justificando que tomou as devidas precauções e que todas as instituições responsáveis pela segurança foram comunicadas e estavam presentes no local. No entanto, ele deixou passar a pergunta sobre julgar Bolsonaro, sendo cobrado posteriormente.

Paulo Gonet, por sua vez, ressaltou sua carreira de 36 anos como integrante do Ministério Público Federal e apresentou suas credenciais durante a sabatina.

Numa sessão no Senado, foram discutidas as sabatinas de duas autoridades indicadas para cargos importantes. Alguns senadores de oposição pediram que as sabatinas fossem separadas, mas a solicitação foi negada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A justificativa é que o processo ocorre de forma simultânea e visa dar agilidade. O pedido de realização das sabatinas separadas foi levantado por um senador, que argumentou que o formato de bloco dificulta o processo de questionamento. No entanto, a avaliação de líderes do governo é de que os indicados serão aprovados, mesmo com a resistência de parte da oposição.

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