Ministério negligencia repasse para prevenção de desastres em Alagoas pela Braskem

Desde 2018, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional não destinou recursos para prevenção de desastres ambientais ou naturais em Alagoas, onde ocorreu o desastre ambiental da Braskem. Durante esse período, os governos de Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula foram responsáveis.

As atividades de mineração da Braskem em Maceió resultaram em tremores de terra em março de 2018, afetando 20% do território da capital alagoana com afundamentos e rachaduras. Recentemente, o governo federal declarou estado de emergência em Maceió devido ao risco de colapso da mina 18.

Em contrapartida, São Paulo recebeu recursos do ministério no período de 2016 a 2020, totalizando R$ 120 milhões, para prevenção de desastres naturais.

O Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que está trabalhando em um convênio com a prefeitura de Maceió, no valor de R$ 52,7 milhões, para estabilizar encostas na cidade. No entanto, não foi informado um prazo para que isso aconteça.

Em dezembro, foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem no Senado, com o objetivo de investigar os afundamentos de solo na capital alagoana. No âmbito jurídico, o Ministério Público Federal solicitou o bloqueio de R$ 1 bilhão da mineradora para pagamento de indenizações aos proprietários de imóveis afetados pelo afundamento do solo.

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