Os motivos pelos quais a reforma tributária demorou 30 anos para ser aprovada

O Congresso Nacional está prestes a promulgar a tão aguardada reforma tributária, um tema que vem sendo debatido desde a Constituição de 1988. Ao longo dos anos, foram feitas mudanças pontuais no sistema tributário do Brasil, mas nunca uma reforma mais ampla. Agora, em 2023, finalmente houve uma articulação entre o Executivo e o Legislativo para tirar essa reforma do papel. O texto da reforma foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, passando por negociações e alterações ao longo do caminho. A proposta simplifica o sistema de tributos, substituindo cinco impostos por dois impostos de valor agregado. Além disso, também institui um imposto seletivo para produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. O texto da reforma foi comemorado pelo Palácio do Planalto, apesar de ainda poder sofrer alterações na regulamentação. Agora, falta apenas a sessão conjunta do Congresso Nacional para a sua promulgação.

A reforma tributária, que tem como objetivo simplificar o sistema de impostos do Brasil, passou por um importante avanço no Congresso Nacional. Para que seja aprovada, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa passar por dois turnos de votação, com o apoio de pelo menos 308 deputados. Após a aprovação da PEC, será necessário criar leis complementares para definir as regras práticas da reforma tributária.

Além disso, é esperado que ocorra uma discussão no judiciário sobre a constitucionalidade das leis complementares. A implementação da reforma tributária terá um impacto significativo no setor do comércio, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Contadores e especialistas tributários deverão acompanhar de perto as mudanças e adaptar o planejamento tributário de acordo com as novas regras definidas pelo Congresso.

A aprovação da reforma tributária enfrentou desafios e atrasos devido a desacordos entre os parlamentares sobre a taxação de produtos fabricados fora da Zona Franca de Manaus e a manutenção de incentivos fiscais para o setor automotivo do Nordeste. No entanto, essas questões foram tratadas durante as negociações e o texto foi aprovado.

Apesar da promulgação da pauta no ano atual, a discussão e regulamentação da reforma tributária continuarão em 2024. Novos impostos serão regulamentados por meio de leis complementares, que precisarão ser enviadas pelo governo federal ao Congresso. Além disso, o Ministério da Fazenda enviará leis complementares sobre alíquotas para regimes específicos, setores com impostos reduzidos e a cesta básica nacional. Essas leis deverão ser aprovadas por maioria absoluta nas duas casas do Congresso.

O texto aprovado no Congresso também prevê a necessidade de uma lei complementar para definir aspectos dos impostos sobre bens e serviços (IBS e CBS) e listar as regras para regimes diferenciados com alíquota zerada. Haverá também a definição de quais operações terão alíquotas reduzidas em 60% quando incidentes.

O conteúdo do post aborda diversos setores da economia, como serviços de educação, saúde e transporte público, além de dispositivos médicos, produtos de cuidados básicos à saúde, alimentos, produtos de higiene e limpeza, entre outros.

A proposta também prevê a definição de regras específicas para diferentes setores, como combustíveis, serviços financeiros, hotelaria, cooperativas, bares e restaurantes. Além disso, a lei complementar também vai estabelecer quais produtos serão isentos dos novos tributos, formando a chamada cesta básica nacional.

Essas medidas têm o objetivo de facilitar o cálculo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e garantir que determinados setores e produtos tenham uma base de cálculo adequada. Além disso, a proposta visa promover a justiça fiscal e garantir a segurança e soberania nacional em relação à segurança da informação e cibernética.

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