Preocupação das organizações com possível descontinuação do programa de câmeras da Polícia Militar em São Paulo

Organizações de segurança pública e direitos humanos expressaram preocupação com as declarações do governador de São Paulo sobre a interrupção dos investimentos no projeto de câmeras corporais para a Polícia Militar. O governador minimizou a importância das câmeras, afirmando que elas não têm efetividade na segurança do cidadão. As organizações destacam que o governo adotou uma posição ambígua em relação às câmeras ao longo de 2023.

Na entrevista, o governador revelou ter ignorado os resultados de pesquisas que mostram o impacto positivo das câmeras. As entidades alertam que o contrato das câmeras já em operação vence em 2024, e que a fala do governador coloca o programa Olho Vivo em risco de ser descontinuado. De acordo com as instituições, as câmeras corporais são importantes para avaliar o trabalho da polícia, inibir corrupção, evitar escalada de abordagens perigosas, diminuir agressões contra agentes e mortes de policiais em serviço.

Além disso, as câmeras melhoram o atendimento em casos de violência contra a mulher, reduzem reclamações contra a polícia, aprimoram a supervisão de patrulhas, geram material para treinamento policial, aumentam a transparência na corporação e produzem provas que contribuem para decisões no sistema de justiça criminal. A nota é assinada por diversas entidades, como a Conectas Direitos Humanos e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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