Spotify considera remover faixas de artistas ligados a facções criminosas brasileiras

Uma das maiores plataformas de streaming do mundo, com mais de 600 milhões de assinantes, está revisando a disponibilização de músicas que exaltam facções criminosas no Brasil, como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). O escritório da plataforma nos Estados Unidos expressou preocupação com essas músicas, que estão disponíveis gratuitamente no aplicativo. A equipe de conteúdo está revisando as canções e algumas podem ser banidas da plataforma. Atualmente, é possível encontrar músicas que mencionam sequestros, atacam a polícia, exaltam drogas e criminosos, ameaçam facções rivais e descrevem a atuação do tráfico em áreas dominadas pela criminalidade.

Além das músicas de artistas, playlists que fazem referência às facções criminosas também estão sendo analisadas pela plataforma. Canções como “Relíquias do Comando Vermelho”, “Proibidão do CV”, “PCC Funk Proibidão” e “É o 1533” estão entre as investigadas. Uma das músicas disponíveis é “Comando Vermelho”, de um dos líderes da facção, Menor da Chapa, que pede liberdade para um dos líderes do CV, Marcinho VP, que está preso por diferentes crimes. Outro líder conhecido é Fernandinho Beira-Mar, também detido em presídio de segurança máxima.

Um rapper, filho de um líder do Comando Vermelho, tem músicas disponíveis na plataforma que mencionam armas de fogo, planos de ação e a facção em si. A letra de uma de suas músicas fala sobre portar armas de fogo, parar o Brasil e explodir carros fortes. Esse é apenas um exemplo das músicas que estão sendo revisadas pela equipe de conteúdo do serviço de streaming.

Recentemente, músicas de artistas como MC Poze do Rodo e MC Primo têm chamado a atenção com letras que retratam o cotidiano das facções criminosas no Brasil. As letras fazem alusões a rivalidades entre grupos como Comando Vermelho, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Terceiro Comando, exaltando a violência e o poder dessas organizações.

Em canções como “Fala que a tropa é CV” e “PCC Sequestro”, os artistas utilizam letras fortes que descrevem ações violentas, sequestros e confrontos armados. Há menções a armas de fogo, territórios controlados e ameaças diretas a possíveis inimigos, tudo em um contexto de exaltação da criminalidade.

As letras das músicas refletem a realidade das favelas e periferias brasileiras, onde a presença e influência das facções criminosas são uma dura realidade para muitos moradores. A glamourização e romantização dessas organizações nos versos das canções levantam debates sobre a responsabilidade dos artistas em relação ao que estão propagando.

Recentemente, um post chamou a atenção ao descrever uma cena que envolve armas de fogo, carros personalizados e outras atividades ilegais. A narrativa retrata um grupo de pessoas envolvidas em diversas atividades criminosas, como porte de armas pesadas, tráfico de drogas e fugas em alta velocidade.

No relato, há menções a indivíduos com apelidos como Fabinho, Juninho e Coyote, que parecem fazer parte desse mundo perigoso. O texto menciona carros específicos, como um Astra rebaixado e uma Blazer, e descreve a movimentação do grupo em direção a uma praça não especificada.

A linguagem utilizada é coloquial e repleta de gírias, o que reforça a ideia de um ambiente marginal e perigoso. Há referências a itens como relógios caros, dinheiro e mulheres, além de uma atmosfera de desrespeito e desafio às autoridades.

Para mais informações sobre o conteúdo mencionado, o post sugere o contato via WhatsApp em um número específico. A história descrita levanta questões sobre a glamorização da criminalidade e a banalização de atividades ilegais, refletindo uma realidade preocupante e violenta.

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