STF avança em decisão que busca igualar procedimentos de investigação entre Ministério Público e polícia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por maioria equiparar os prazos de investigações do Ministério Público (MP) aos inquéritos policiais. A sessão que deliberou sobre o tema foi suspensa e será retomada em 2 de maio.

Os ministros que compõem a maioria dessa decisão também afirmaram que o MP tem competência para investigar, porém devem comunicar à Justiça imediatamente a abertura e conclusão dos procedimentos conduzidos por procuradores e promotores.

Apoiando essa visão, os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin votaram em conjunto. No entanto, questões como a prorrogação de investigações e a necessidade de investigação preliminar de incidentes em operações policiais ainda serão discutidas no retorno da sessão.

Em relação aos casos de mortes, ferimentos e abusos em operações policiais, há divergência sobre a responsabilidade de investigação preliminar pelo MP. Alguns ministros acreditam que essa análise deve ser conduzida pelo promotor ou procurador específico de cada caso, defendendo que o poder de investigação não deve ser exclusivo da polícia.

O entendimento é que a divisão de poderes é essencial para evitar abusos de poder. Enquanto a polícia judiciária esclarece os fatos, o Ministério Público deve garantir que a transparência seja plena, especialmente para proteger os direitos dos investigados.

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