O governador de São Paulo tem manifestado desconforto em relação às estratégias de filiação de prefeitos paulistas promovidas por seu secretário de Governo e Relações Institucionais. O secretário, que está à frente do PSD, atraiu mais de 300 prefeitos para o partido, o que tem gerado descontentamento nos bastidores.
Tarcísio de Freitas acredita que as ações de seu secretário impactaram negativamente a possibilidade de formação de alianças para os próximos pleitos eleitorais. A ofensiva de filiação realizada pelo PSD também causou irritação em outros partidos de centro, incluindo o PL, ao qual Jair Bolsonaro está vinculado e que buscava levar prefeitos de cidades paulistas.
O governador defende que seu secretário faça gestos de aproximação a Bolsonaro, a fim de melhorar a relação entre os dois. O ex-presidente enxerga o secretário como um opositor político. Tarcísio sugere que um gesto poderia ser o abandono de uma ação movida pelo PSD para cassar o mandato do senador bolsonarista Jorge Seif.
A ação foi decorrente da disputa eleitoral em 2022, na qual o ex-governador catarinense Raimundo Colombo, apoiado pelo PSD, foi adversário de Seif. No entanto, Colombo não teve sucesso na eleição, ficando em quarto lugar.
