Triste notícia: Pequi, loba-guará órfã que ficou 2 anos em reabilitação no Zoo, falece

Uma loba-guará cativante que havia comovido os moradores do Distrito Federal infelizmente morreu tristemente após ser atropelada na BR-080. Conhecida como Pequi, ela foi resgatada quando perdeu sua mãe na Bahia e passou por um processo de reabilitação de dois anos com cuidadores do Zoológico e da ONG Jaguaracambé em Brasília. Após se recuperar e ganhar força, ela foi devolvida ao seu habitat natural em abril deste ano com sucesso.

O projeto de soltura emocionante tocou profundamente aqueles que estiveram envolvidos no cuidado da loba-guará Pequi durante os dois anos de tratamento. A ação foi coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Desde então, Pequi ganhou quase 2 kg e foi constantemente monitorada, sempre apresentando um ótimo estado de saúde.

Segundo a ONG Jaguaracambé, responsável pelo projeto de reabilitação e por monitorá-la por meio de um rádio-colar, Pequi passou os últimos 3 meses na região de Padre Bernardo (GO), entre duas fazendas. Durante esse tempo, ela aproveitou para descansar na sombra das matas, se alimentar de cajuzinho e lobeira, beber água nos riachos e caçar ratinhos. No entanto, na última semana, ela deixou a região e caminhou bastante durante a noite. Infelizmente, ao atravessar a rodovia BR-080, onde já era conhecida, foi atingida por um veículo por volta da meia-noite.

A recuperação de Pequi contou com os cuidados de mais de 30 técnicos da ONG Jaguaracambé ao longo do período de reabilitação. Esses profissionais se dedicaram intensamente durante mais de 24 meses para garantir que o contato de Pequi com o ambiente externo fosse o mais natural e seguro possível. Sua alimentação era baseada em frutos do Cerrado, seu contato com humanos era limitado e ela teve um longo período de adaptação, fatores cruciais para que ela estivesse pronta para ser solta na natureza.

Em nota, a ONG lamentou profundamente a morte de Pequi, expressando sua dor e mencionando os planos e sonhos que tinham para ela, como a possibilidade de acompanhar sua vida e até mesmo seus filhotes. É uma perda trágica que nos lembra da importância de proteger e preservar a fauna selvagem.

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