Detentos que assassinaram policial penal estão segregados dos demais presos

Dois presos acusados de matar o policial penal de Goiás José Françualdo Leite Nobrega estão isolados dos demais detentos na Unidade Prisional de Corumbá de Goiás. Manelito Lima Júnior e Daniel Amorim Rosa de Oliveira foram presos no sábado (6/1) pela morte do policial.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, Maxsuell Miranda das Neves, os presos estão sendo ouvidos pela Polícia Civil e depois serão ouvidos pelo judiciário.

O presidente lamentou a morte do policial e afirmou que a categoria está de luto pela perda. Françualdo era um excelente profissional e muito querido pela tropa. O crime foi considerado uma covardia, já que a vítima havia dado emprego para algumas pessoas e foi assassinado por elas.

Os familiares estão indignados com o crime, especialmente pelo fato dos suspeitos serem amigos próximos da vítima há mais de 10 anos. Um dos suspeitos foi responsável por planejar a comemoração do aniversário do policial no ano passado. Antes de matá-lo, o suspeito estava novamente planejando a festa.

A confiança entre os envolvidos era tanta que o policial deixava um dos suspeitos como responsável pelas finanças de sua loja de aluguel de material de construção. O suspeito frequentava a família da vítima e compareceu até mesmo ao aniversário de uma sobrinha do policial penal.

O corpo de José Françualdo Leite Nobrega foi encontrado no último sábado (6/1), depois de estar desaparecido por mais de um mês. Ele foi assassinado com quatro tiros: um nas costas e três no peito. O corpo estava em estado avançado de decomposição.

Além dos dois suspeitos principais, outro funcionário da loja também foi detido. A participação de cada um no crime ainda não foi detalhada pela Polícia Civil de Goiás.

O policial penal estava desaparecido desde 27 de novembro de 2023. Acredita-se que a motivação do crime tenha sido financeira.

Um policial militar, identificado como José Françualdo, está desaparecido desde a última segunda-feira (27/11). Segundo informações de familiares, antes de desaparecer, o policial informou ao irmão que iria buscar uma quantia de R$ 40 mil. Ele foi visto pela última vez na capital federal. O veículo do policial foi encontrado carbonizado em uma área rural.

O policial trabalhava no presídio de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, e morava em Águas Lindas. Familiares relataram que o policial descobriu um roubo de cerca de R$ 150 mil que estavam sendo guardados por dois indivíduos chamados Manelito e Daniel. O policial pressionou os dois e combinaram de acertar as contas no fim do mês, porém, José Françualdo desapareceu antes disso.

O último contato do policial com a família foi via mensagem de texto pelo WhatsApp, na tarde do dia 28 de novembro. Imagens de câmeras de segurança registraram o veículo do policial na DF-130, sentido Rajadinha, em Planaltina. Horas depois, o veículo foi encontrado carbonizado na área do Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá, Distrito Federal.

A Polícia Civil está investigando o caso e confirmou que o veículo encontrado é mesmo o do policial desaparecido. Até o momento, não há mais informações sobre o paradeiro do policial e as circunstâncias do desaparecimento.

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