Um ataque militar conjunto entre os Estados Unidos e o Reino Unido contra o grupo rebelde Houthis, no Iêmen, foi classificado como um “ato de legítima defesa” pelo ministro britânico das Forças Armadas, James Heappey. A ação foi realizada em resposta a um ataque significativo do grupo rebelde às rotas comerciais do Mar Vermelho. Segundo Heappey, o ataque foi limitado, proporcional e isolado, e não estão previstos novos ataques.
As explosões resultantes do ataque ocorreram na capital do Iêmen, Saana, e em outras cidades do país. A ação foi realizada tanto por água quanto por ar, utilizando submarinos, navios e aviões de combate. O grupo Houthis controla uma parte do Iêmen e recebeu apoio do Irã para intensificar os ataques a navios comerciais no Mar Vermelho nas últimas semanas. Esses ataques, que ocorrem desde novembro, estão sendo realizados como forma de protesto contra as ações de Israel na Faixa de Gaza, de acordo com os rebeldes.
A resposta ocidental contra o grupo Houthis foi condenada pelos governos do Irã, Rússia e Omã. O governo russo pretende solicitar uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o bombardeio. O porta-voz do grupo rebelde afirmou que os ataques a navios com destino a Israel continuarão até que o conflito em Gaza seja interrompido. Além disso, ele ameaçou atacar os navios de guerra americanos caso o grupo seja alvo direto dos ataques.
Essa série de ataques do Houthis a navios comerciais no Mar Vermelho já afetou significativamente o comércio internacional, pois essa é uma das principais rotas marítimas entre a Europa e a Ásia, representando 15% do tráfego mundial. Como resultado, empresas de transporte marítimo suspenderam as operações na região e optaram por rotas mais longas ao redor da África.