Duas vidas foram perdidas em uma trágica situação envolvendo policiais militares do Distrito Federal e transtornos psicológicos graves. Enquanto duas famílias sofrem com a perda, vários milhares de militares dentro da corporação enfrentam dificuldades para acessar o tratamento adequado de saúde mental.
A Polícia Militar do DF (PMDF) conta com apenas um médico psiquiatra para atender cerca de 10 mil integrantes da tropa. Recentemente, um sargento acabou baleando e matando um soldado antes de tirar sua própria vida. O caso evidencia a necessidade de mais atenção à saúde mental dos policiais.
Mensagens trocadas entre PMs mencionam falhas na estrutura da corporação quando se trata da saúde mental do efetivo. Há relatos de que o autor dos disparos já tinha passado por avaliação médica, mas nada foi feito para tirá-lo do serviço armado. O quadro de médicos psiquiatras na corporação é insuficiente para atender a demanda.
A Polícia Militar possui um Centro de Assistência Psicológica e Social, mas, como já havia sido reportado anteriormente, há falta de profissionais adequados. Há relatos de falta de acesso a tratamentos adequados também por parte de policiais detidos, enquanto a corporação afirma que eles possuem acompanhamento multidisciplinar.
É urgente que sejam feitos investimentos adequados na área de saúde mental dentro da corporação para que tragédias como esta possam ser evitadas e os policiais possam receber o cuidado necessário. O bem-estar mental dos membros da Polícia Militar é essencial para a segurança da população e para o bom funcionamento da instituição.
A saúde mental dos policiais militares no Distrito Federal tem sido uma preocupação crescente, conforme revelado em um documento do 19º Batalhão da PMDF. O relatório expõe casos de desequilíbrio psicológico grave entre os policiais detidos, inclusive com risco de morte. Diante dessa realidade, a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula, está priorizando a saúde dos policiais, com encontros já agendados desde que assumiu o cargo em janeiro deste ano.
O último domingo foi marcado por uma tragédia, com dois óbitos de policiais militares. A corporação se pronunciou, ressaltando o compromisso com a saúde dos membros, e a governadora em exercício, Celina Leão, afirmou o aumento do investimento em saúde mental e lamentou o ocorrido.
A falta de conhecimento sobre os motivos que levam as pessoas ao suicídio, aliada à necessidade de promover uma discussão mais ampla sobre o tema, tem sido um desafio. A Associação Brasileira de Psiquiatria destaca a depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas como principais fatores identificados em pessoas com tendências suicidas. No entanto, esses problemas podem ser tratados e evitados em grande parte dos casos.
Para quem está passando por momentos difíceis, há organizações como o Centro de Valorização da Vida (CVV) e o Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu, que oferecem apoio emocional e atendimento gratuito para prevenção do suicídio. Esses serviços trabalham de forma sigilosa, atendendo por telefone, e-mail, chat e Skype, com disponibilidade 24 horas por dia.
A depressão, se não tratada, pode levar a atitudes extremas, sendo que a OMS afirma que, diariamente, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. O CVV, em Brasília, é um dos poucos recursos que oferece ajuda gratuita, contando com aproximadamente 50 voluntários disponíveis a qualquer momento. É importante buscar apoio e estar ciente das opções de suporte disponíveis.
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