Um caso chocante de abuso sexual e cárcere privado na Áustria volta a causar polêmica. Josef Fritzl, conhecido como o Monstro de Amstetten, pode ser liberado da prisão em breve, mesmo após ter sido condenado à prisão perpétua em 2009. O criminoso ficou conhecido por manter a filha como escrava sexual por 24 anos, resultando no nascimento de sete filhos frutos do incesto.
Elisabeth, filha de Fritzl, foi mantida em cárcere durante todo esse período, sofrendo abusos e violência por parte do pai. Um dos filhos morreu no porão, pois Fritzl se negou a levá-lo a um médico. O homem também foi condenado por “assassinato por negligência” por esse caso.
Apesar de ter denunciado o desaparecimento da filha, a esposa de Fritzl, Rosemarie, não teve conhecimento do abuso e violência cometidos pelo marido. O criminoso está preso desde 2008, quando a filha conseguiu escapar do cativeiro e relatar à polícia o que tinha vivido.
De acordo com a sentença, a partir de 2024, Fritzl pode ser colocado em liberdade condicional. No entanto, um relatório psiquiátrico indica que ele enfrenta problemas de mobilidade após diversas quedas na prisão e necessita de um andador para se movimentar.
Além disso, a imprensa local revelou que Fritzl acredita ser uma estrela pop, conversando com a televisão e mencionando visitas de parentes que jamais ocorreram. Um estudo realizado pela Universidade de Linz sugere que ele não representa mais um perigo para a sociedade, o que poderia abrir caminho para sua transferência para um lar de idosos.
O caso do Monstro de Amstetten chocou o mundo pela gravidade dos crimes cometidos e pela duração do cárcere imposto à filha. Agora, a possibilidade de sua liberdade condicional levanta questionamentos sobre a justiça do sistema penal e a avaliação do perigo que o criminoso pode representar após tantos anos na prisão.