A marca de luxo Chanel está em meio a um processo judicial contra um brechó dos Estados Unidos acusando-o de revender produtos falsificados e tentar se associar indevidamente à maison. O caso teve início em 2018 e o julgamento começou em janeiro de 2022, devendo durar duas semanas. A Chanel alega que o brechó vendeu US$ 90 milhões em produtos usados da marca entre 2016 e 2022, incluindo bolsas falsas e itens não destinados à venda. O brechó se defendeu das acusações, afirmando que não há intenção de se associar diretamente às marcas, mas apenas mostrar a arte das mesmas. O resultado deste processo pode trazer impactos para o mercado de segunda mão, que tem previsões de crescimento expressivo para os próximos anos.
O brechó em questão, fundado em 1993, é conhecido por oferecer peças de luxo de marcas renomadas como Chanel, Hermès, Louis Vuitton, Gucci, Dior, Fendi e Saint Laurent. Com lojas em Nova York e um espaço de varejo em Beverly Hills, além de e-commerce, a empresa busca elevar a experiência de compras vintage e preservar a arte da moda das marcas de luxo e designers mais prestigiados.
As vendas de produtos de segunda mão têm apresentado um crescimento significativo, com a estimativa de alcançar US$ 350 bilhões mundialmente até 2027, segundo um relatório recente. No entanto, uma pesquisa revelou que mais de 50% dos consumidores entre 15 e 24 anos já compraram réplicas propositalmente. Esse impasse jurídico entre uma marca de luxo e um brechó pode influenciar a evolução desse promissor mercado, tendo em vista a necessidade de proteger as marcas e os consumidores contra produtos falsificados.