A Polícia Federal (PF) agora inclui os termos “transgênero” e “cisgênero” em documentos oficiais e oitivas de pessoas que prestam depoimento. Essas classificações são usadas em conformidade com as diretrizes adotadas pelo governo Lula para políticas LGBTQIA+. Além disso, a PF também registra a “orientação sexual” dos depoentes, classificando-os como “heterossexual” ou “homossexual”, por exemplo. A inclusão desses termos busca proporcionar maior compreensão e clareza para a identidade de gênero e orientação sexual das pessoas envolvidas. A medida, que está alinhada com as políticas do governo, está em consonância com a abordagem inclusiva adotada em cerimônias oficiais, onde termos como “todes” são utilizados como “pronome neutro”. Essa expressão é utilizada para se referir àqueles que não se identificam com o gênero masculino ou feminino. Vale mencionar que, em 2021, o ex-presidente Bolsonaro proibiu o uso do pronome neutro em projetos culturais financiados pela Lei Rouanet. Além disso, o uso do “nome social” por travestis e transexuais, estabelecido por um decreto assinado por Dilma Rousseff em 2016, também é celebrado pelo movimento LGBTQIA+. Recentemente, a escolha de um gamer transgênero como “atleta feminina” em uma importante premiação gerou polêmica no Congresso Nacional, com alguns parlamentares argumentando que é injusto permitir que pessoas nascidas como homens concorram na mesma categoria que mulheres. Em 2023, Elon Musk, dono do ex-Twitter, causou controvérsia ao afirmar que a plataforma considerava os termos “cis” e “cisgênero” como calúnia, sendo acusado de “transfobia” por alguns grupos simpáticos à causa. A inclusão dos termos “transgênero” e “cisgênero” pela Polícia Federal busca aperfeiçoar a identificação das pessoas e promover uma abordagem mais inclusiva nas investigações e processos legais.