O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não planeja conceder reajuste salarial aos servidores públicos em 2024. Em resposta à pressão das entidades representativas dos servidores, o governo apresentou uma proposta de congelamento de salários para este ano, com reajustes previstos apenas para 2025 e 2026. A equipe econômica do governo argumenta que não é possível conceder aumento neste momento, devido a restrições orçamentárias e à necessidade de zerar o déficit fiscal. Além disso, a medida é vista como um sinal de compromisso do governo com o corte de gastos em meio às cobranças por uma reforma administrativa. A Mesa Nacional de Negociação Permanente, responsável por analisar as demandas dos servidores, ainda não agendou a primeira reunião deste ano. A expectativa é que a reunião ocorra após o Carnaval.
O governo propôs um aumento nos auxílios para atender às demandas dos servidores. Esses reajustes entrarão em vigor a partir de 1º de maio, coincidindo com o Dia do Trabalhador e seguindo a tradição de reajustes durante o período petista.
De acordo com a proposta, o auxílio-alimentação terá um incremento de R$ 342, passando de R$ 658 para R$ 1.000,00. O auxílio-saúde, por sua vez, terá um aumento de R$ 71 por pessoa, subindo de uma média de R$ 144,00 para R$ 215,00. Já o auxílio-creche terá um reajuste de R$ 163,90, sendo reajustado de R$ 321,00 para R$ 484,90. No total, esses aumentos correspondem a um reajuste de 51,06%.
Além disso, o governo indicou um aumento de 9% para os anos de 2025 e 2026. Esse aumento será pago em duas parcelas de 4,5%, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
O governo também destaca que no ano passado concedeu um aumento salarial linear de 9% para os servidores do Executivo, que foi aprovado pelo Congresso e precisou de recursos adicionais no Orçamento. O auxílio-alimentação também teve um aumento de 43%, passando de R$ 458 para R$ 658 mensais.