Uma mulher em Botucatu, interior de São Paulo, acusa policiais militares de agredi-la verbal e fisicamente na frente de seus três filhos. Segundo o relato da vítima, os PMs a xingaram, algemaram sem motivo e usaram um pedaço de madeira para agredi-la, resultando em hematomas por todo o corpo e no olho direito. A cena foi registrada por vizinhos e um vídeo da ocorrência foi divulgado.
Bruna Scaline Santos, de 37 anos, afirma que quase perdeu a visão devido à agressão. Ela relata que a pancada no rosto ocorreu após o momento gravado nas imagens. A vítima não fez exame de corpo de delito, mas registrou as lesões posteriormente.
De acordo com Bruna, os agressores são membros do 12º Batalhão da Polícia Militar, a mesma unidade envolvida no caso do policial filmado chutando um homem caído no chão um dia antes. Após o incidente, a mulher afirma ter recebido ameaças e precisou deixar a cidade.
O episódio aconteceu quando Bruna saiu de casa para avisar uma vizinha sobre a presença do filho dela em sua residência. Segundo a vítima, a vizinha a alertou que PMs estavam fazendo buscas no local. Quando Bruna expressou sua indignação com a presença dos policiais, um deles a xingou de “vagabunda” e a confrontou dizendo “quem manda aqui sou eu”. A discussão continuou até que, em uma área comum do conjunto habitacional, o policial a encurralou em uma parede e a agrediu com dois golpes no tórax. Bruna afirma ter reagido, mas foi jogada no chão, algemada e pisoteada no tórax. Segundo ela, o PM usou um pedaço de madeira quebrada para agredi-la no rosto, fazendo com que ela desmaiasse.
A vítima foi conduzida à delegacia sob alegação de resistência e desobediência. Em seguida, foi encaminhada ao hospital. Bruna também relatou ameaças por parte de um agente do 12º Batalhão para que desistisse de denunciar o caso.
Revoltada com a situação, Bruna decidiu deixar a cidade por conta das ameaças e das agressões sofridas. Ela ressalta a tristeza de ter que passar por essa situação perante seus filhos.
Uma mulher, cuja identidade não foi confirmada, foi detida por desacato e resistência durante uma operação em conjunto com os órgãos de segurança em Botucatu, São Paulo. O caso está sendo investigado por meio de um inquérito policial militar. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que um boletim de ocorrência foi registrado pela Delegacia Seccional de Botucatu.
A mulher questionou: “Até quando a gente vai ficar aguentando que essas coisas aconteçam?”. Apesar do medo, ela não retirará a queixa. A SSP informou que todas as circunstâncias relativas aos fatos serão apuradas.
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