Vacinas contra a dengue são disponibilizadas inicialmente em DF e GO

O Distrito Federal e Goiás foram os primeiros estados a receber as doses da vacina contra a dengue, distribuídas pelo Ministério da Saúde. A ideia é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas até 2024, começando pelas crianças de 10 e 11 anos. A imunização avançará para as outras faixas etárias conforme novos lotes da vacina forem disponibilizados pela Takeda Pharma, empresa farmacêutica japonesa. O público-alvo foi definido com base na taxa de hospitalização por dengue.

O primeiro lote da vacina, contendo 712 mil doses, será destinado para o Distrito Federal, Goiás, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão. Inicialmente, a vacina será aplicada em 315 municípios. A vacina Qdenga, da Takeda Pharma, foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A expectativa é de que, até a primeira quinzena de março, todas os 521 municípios selecionados, devido ao alto número de casos de dengue, recebam as doses para a vacinação de crianças de 10 a 11 anos.

Vale ressaltar que a vacinação não terá efeito imediato e é essencial adotar medidas para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Algumas dessas medidas incluem limpar os recipientes de água dos animais, armazenar pneus e garrafas em locais cobertos e limpar as caixas d’água.

A dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo mosquito e têm maior incidência no Brasil durante períodos de chuva e calor. Embora apresentem sintomas semelhantes, há diferenças sutis entre elas. É importante estar atento aos sinais e saber identificar essas distinções para um diagnóstico e tratamento adequados, pois essas doenças podem ser perigosas e até mesmo fatais.

Na dengue, os sintomas duram de dois a sete dias e podem incluir febre, dores no corpo e manchas vermelhas. Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas podem ocorrer. As complicações mais comuns são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e no sistema nervoso, bem como a dengue hemorrágica.

O combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti requer ações tanto do governo quanto da população, como medidas de prevenção e conscientização. A vacinação é um passo importante nesse processo, mas não deve ser a única medida adotada para combater essas doenças.

A Zika, a Dengue e a Chikungunya são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Embora os sintomas dessas doenças sejam semelhantes, a infecção pelo Zika geralmente não é tão grave e tem uma duração mais curta.

No entanto, quando uma mulher grávida é infectada pelo Zika, isso pode causar danos ao feto em desenvolvimento, resultando em microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, onde o sistema nervoso ataca as células nervosas do próprio organismo.

Os sintomas da Chikungunya duram até 15 dias e costumam causar mais dores no corpo em comparação às outras duas doenças. Assim como o Zika, a Chikungunya também pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré.

Embora ainda não haja tratamentos específicos para essas doenças, existem medicamentos que podem aliviar os sintomas e repouso é sempre indicado. É importante evitar o uso de aspirinas, pois elas podem piorar o quadro do paciente.

Se houver suspeita de infecção por algum desses vírus, é fundamental procurar um hospital para identificar corretamente a doença e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.

O mosquito Aedes aegypti se prolifera em locais com lixo espalhado e áreas mal cuidadas, sendo favorecido pelo calor e pela chuva. Portanto, a prevenção consiste em eliminar água parada em casa, na rua e em empresas, impedindo a reprodução do mosquito.

A vacina contra a dengue está sendo distribuída em alguns estados brasileiros, como o Distrito Federal e Goiás, contribuindo para a prevenção da doença.

About the author