Trump sugere que apoiaria Rússia em potenciais ataques contra países da Otan com dívidas

Favorito do partido Republicano dos EUA, Donald Trump fez declarações controversas em um comício recente. Ele afirmou que “encorajaria” a Rússia a atacar qualquer aliado da Otan que não cumprisse suas obrigações financeiras. Durante o evento, Trump contou que desafiou um presidente em uma reunião da Otan, dizendo que se um país não pagasse, ele não os protegeria e até encorajaria a Rússia a fazer o que quisesse. A Otan é uma aliança militar formada por países ocidentais e capitalistas durante a Guerra Fria. Seus objetivos eram impedir o avanço do bloco socialista e fornecer ajuda mútua aos membros. Na fase final da Guerra Fria, a Otan assumiu novos papéis, incluindo intervenção em conflitos e aplicação do princípio da segurança coletiva.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma aliança militar formada por 30 países europeus principalmente. Sua missão inicial era de defender os países membros de possíveis ameaças, mas ao longo dos anos a OTAN também se envolveu em operações de paz e ajuda humanitária. Em 2001, a OTAN participou da invasão ao Afeganistão, após os atentados de 11 de setembro serem considerados atos de guerra pelos Estados Unidos.

Além de combater o terrorismo, a OTAN realizou operações militares em diversas regiões conflituosas do mundo, como os Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África. A aliança também colaborou com ações de ajuda humanitária, como no caso dos sobreviventes do furacão Katrina.

Em 2014, os países membros concordaram em aumentar seus gastos de defesa, devido à anexação da Crimeia pela Rússia. A OTAN estabeleceu a meta de que os membros destinem 2% do seu PIB para a defesa até 2024. Durante sua campanha em 2016, o ex-presidente dos Estados Unidos afirmou que cobraria essa promessa e ameaçou abandonar a OTAN caso os países não a cumprissem.

Em 2022, quando ocorreu a invasão russa à Ucrânia, a OTAN informou que apenas sete dos 31 países membros cumpriam a exigência de gastos com defesa. As declarações do ex-presidente durante um comício geraram repercussão, e a Casa Branca destacou que encorajar invasões de aliados por regimes assassinos coloca em perigo a segurança nacional americana e a estabilidade global.

Além disso, o ex-presidente prometeu uma “operação de deportação massiva” na fronteira entre os Estados Unidos e o México caso fosse reeleito. No entanto, ele enfrenta mais de 90 acusações criminais, incluindo tentativa de alterar o resultado da eleição, guardar ilegalmente segredos do governo após deixar a presidência e fazer pagamentos ilícitos a uma atriz pornô com quem teve relacionamentos.

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