O Partido Liberal (PL) está temendo que seu registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja cassado após um pedido de investigação na Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar disso, técnicos do TSE afirmam que um processo de cassação do partido está longe de acontecer, mesmo que haja comprovação do uso da sede e de verba partidária para uma tentativa de golpe.
De acordo com os técnicos, um processo de cassação do registro de um partido leva muito tempo para ser conduzido pelo TSE, mesmo com o apoio da PGR. Isso significa que o PL não seria prejudicado neste ano, permitindo que os bolsonaristas do partido possam disputar as eleições de 2024 sem problemas.
No entanto, mesmo diante desse cenário improvável, alguns congressistas do PL que concorrerão nas eleições deste ano já estão consultando outros partidos do Centrão. O Republicanos e o União Brasil foram mencionados como possíveis alternativas, caso a situação do partido se complique.
É importante ressaltar que o PL terá pelo menos 12 candidatos em várias cidades do Brasil. Alguns deles são: Sargento Gonçalves em Natal (RN), Delegado Éder Mauro em Belém (BA), Capitão Alden em Feira de Santana (BA), André Fernandes em Fortaleza (CE), Fernando Rodolfo em Caruaru (PE), Marcos Pollon em Campo Grande (MS), Abílio Brunini em Cuiabá (MT), Gustavo Gayer em Goiânia (GO), Delegado Ramagem no Rio de Janeiro (RJ), Carlos Jordy em Niterói (RJ), Rosângela Reis em Ipatinga (MG), Junio Amaral em Contagem (MG), Capitão Augusto em Bauru (SP) e Rosana Valle em Santos (SP).
Vale ressaltar que os candidatos só poderiam trocar de partido durante a janela partidária, que ocorre de 7 de março a 6 de abril. Além disso, é importante lembrar que o mandato dos deputados pertence ao partido, não ao indivíduo, o que significa que cada caso seria julgado individualmente pelo TSE.