Instruções para a aplicação da vacina contra a dengue ainda não foram definidas em SP, apesar das doses terem chegado.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo recebeu as primeiras doses de vacina contra a dengue enviadas pelo Ministério da Saúde, porém ainda não iniciou a aplicação do imunizante no público alvo. As doses serão destinadas a crianças de 10 a 11 anos residentes nas cidades da região do Alto Tietê. A secretaria aguarda orientações do ministério para repassá-las aos municípios. A data de início da aplicação das doses ainda não foi divulgada.

No final de janeiro, o Ministério da Saúde anunciou que priorizaria a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em São Paulo, faixa etária com maior número de hospitalizações por dengue. No entanto, posteriormente foi decidido que apenas as crianças de 10 a 11 anos seriam vacinadas.

As cidades do Alto Tietê foram escolhidas pelo ministério para receber as doses de vacina, pois apresentam elevados índices de internação por causa da doença. Estas cidades são: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Santa Isabel.

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, com maior incidência no verão. Seus principais sintomas incluem dores no corpo e febre alta. A doença é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, podendo levar à morte.

O mosquito Aedes aegypti possui hábitos diurnos e pode ser encontrado em áreas urbanas, necessitando de água parada para permitir o desenvolvimento das larvas. A infecção nos humanos ocorre através da picada do mosquito fêmea, que transmite o vírus pela saliva ao se alimentar de sangue.

A dengue apresenta quatro sorotipos, o que significa que uma pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Os primeiros sintomas geralmente não são específicos e podem incluir febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos.

No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença.

Uma doença grave pode apresentar sintomas como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, perda de sensibilidade e movimentos, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão. Em casos mais graves, os sintomas podem levar à morte devido à hemorragia.

Quando a doença atinge quadros graves, pode ocorrer choque, que é caracterizado pela perda crítica de plasma sanguíneo. Os sinais desse estado incluem pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão.

Além disso, alguns pacientes podem apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta e pode resultar em óbito em um período de 12 a 24 horas, ou em recuperação rápida com terapia adequada.

Ainda que seja uma doença grave, a dengue pode ser tratada com o uso de analgésicos e antitérmicos, sempre sob orientação médica. É recomendado também repouso e ingestão de líquidos. No caso de dengue hemorrágica, o tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar, com o uso de medicamentos e, possivelmente, transfusão de plaquetas.

Atualmente, a produção e disponibilização de vacinas contra a dengue enfrentam dificuldades, o que impossibilita sua distribuição em larga escala no Brasil. Seis estados já declararam epidemia da doença, mas o estado de São Paulo não está incluso na lista.

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