Depois das ações da Polícia Federal contra deputados bolsonaristas Carlos Jordy e Alexandre Ramagem, os parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro pretendem aumentar a pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira, para a instalação da CPI do Abuso de Autoridade. Apesar de ter o requerimento mais antigo, a CPI está parada e Lira deve segurá-la por mais um ano.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem motivos para segurar a investigação. Ele possui uma dívida com o ministro Gilmar Mendes, que paralisou as investigações sobre supostos desvios na compra de kits de robótica em Alagoas. Lira também está evitando entrar em conflito com o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral e, por isso, não quer avançar com a PEC que limitaria as decisões individuais do STF.
Porém, os bolsonaristas acreditam que este ano pode trazer mudanças. As recentes ações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro podem fortalecer a CPI, mostrando um possível abuso de autoridade por parte dos ministros do STF. Bolsonaro foi um dos apoiadores da CPI no momento de sua criação. Nas ocasiões anteriores em que a CPI foi barrada, Lira alegou falta de tempo e atenção dividida devido às eleições. A tendência é que esse seja o argumento também em 2024.