Inflação sobe inesperadamente para 0,62% em dezembro, de acordo com o IGP-10

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou uma alta de 0,62% em dezembro, em relação a novembro, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (15/12). Apesar desse resultado, o indicador acumulou uma queda de 3,56% ao longo de 2023. Em novembro, o IGP-10 havia registrado uma variação de 0,52%, mesma taxa de outubro. No mesmo período do ano passado, em dezembro de 2022, o índice havia sido de 0,36%. Nos últimos 12 meses, o IGP-10 acumulou uma alta de 6,08%. Os resultados de dezembro ficaram acima das estimativas dos analistas, que previam um índice de 0,48%. Os principais destaques foram os aumentos nos preços das commodities, como minério de ferro, milho, soja e café, que representaram 79% do resultado geral do IPA, um dos componentes do IGP.

No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), os serviços bancários e o aluguel residencial foram os destaques, com aumentos de 2,34% e 0,98%, respectivamente. O IGP é um indicador econômico que representa a média ponderada de três índices de preços: o IPA, o IPC e o INCC. Ele revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços relevantes para produtores, consumidores e setor da construção civil. Foi criado no final dos anos 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços no país.

A inflação é caracterizada pelo aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos e serviços, o que resulta em uma redução no poder de compra da moeda. No Brasil, o IPCA é a medida mais comum de inflação, e é divulgado pelo IBGE com base em pesquisas de preços realizadas em diferentes regiões do país. A inflação pode variar de curto a longo prazo e suas causas podem ser cíclicas.

Um dos fatores que influenciam diretamente a inflação é o aumento da demanda e os custos de produção. Também é importante considerar a inércia inflacionária e as expectativas de inflação. Além disso, o aumento da emissão de moeda também pode ter impacto.

No entanto, é importante ressaltar que a inflação afeta o bolso dos consumidores de formas diferentes, não agindo de maneira uniforme. Alguns serviços sofrem aumentos mais acentuados do que outros.

Essas variações podem ser explicadas pelos hábitos de consumo da população. Famílias com renda mais baixa geralmente são mais afetadas pelos aumentos nos preços de transporte e alimentos, enquanto famílias mais ricas sentem mais os impactos nos setores de educação e vestuário.

É importante destacar que, quando controlada, a inflação indica que a economia está em bom estado e crescendo como esperado. No Brasil, por exemplo, existe uma meta anual de inflação para garantir que os preços permaneçam controlados. O problema se torna preocupante quando ocorre uma hiperinflação, que é quando todos os preços perdem o controle.

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