Um homem em situação de rua, chamado Geraldo Filipe da Silva, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no processo do 8 de Janeiro após passar 320 dias na prisão. Agora, sua defesa está buscando uma indenização do Estado brasileiro. O advogado de Silva criticou a demora no processo e afirmou que ninguém poderá devolver o tempo que ele perdeu injustamente atrás das grades, destacando que o Estado não pode ser uma máquina de prejudicar as pessoas.
A advogada de Silva planeja cobrar do Estado indenizações por danos morais e materiais devido ao caso. O STF já tinha votos unânimes pela absolvição de Silva, com apenas um ministro ainda não tendo votado. O Ministério Público mudou sua posição ao longo do processo, inicialmente acusando Silva de diversos crimes, mas posteriormente pedindo pela sua absolvição e liberdade.
Os fatos ocorreram em meio a uma invasão de bolsonaristas ao prédio do STF e a outros órgãos públicos. Os extremistas causaram danos e depredação, resultando em confrontos com a polícia e um clima de tensão. Mesmo com a liberdade provisória de Silva, ele ainda está sob monitoramento com o uso de tornozeleira eletrônica.
Um homem que trabalhava como serralheiro e buscava emprego em Brasília durante a pandemia foi preso após supostamente ter sido agredido por golpistas e acusado de atear fogo em uma viatura da polícia. No momento da prisão, os policiais nada encontraram com ele, e o homem alegou que a detenção foi uma situação desagradável.
De acordo com o depoimento prestado à Justiça, o homem, identificado como Geraldo Filipe da Silva, estava vivendo em situação de rua há três meses na capital federal. No dia 8 de janeiro, ele foi se alimentar em um centro de assistência social próximo à Esplanada dos Ministérios e acabou sendo envolvido na movimentação policial, porém nega qualquer intenção de invadir ou demonstrar posicionamento político.