A Justiça de Goiás condenou seis criminosos que aplicavam um golpe de fabricação de dinheiro ilusório, gerando prejuízos de milhões para suas vítimas em diversos estados. A operação que desmascarou o esquema, chamada de Houdini, resultou em penas de prisão de até 17 anos e 3 meses, além da obrigação de ressarcir mais de R$ 3,3 milhões às pessoas enganadas.
O grupo agia convencendo os alvos de que poderiam multiplicar o dinheiro entregue, usando supostos contatos na Casa da Moeda e até falsos laboratórios. A estratégia incluía mostras falsas de dinheiro genuíno, promessas exageradas de lucro e encenações teatrais para enganar as vítimas, sob um cenário de luxo e credibilidade fictícia.
Os golpistas pediam notas verdadeiras como “molde” para as falsificações, prometendo retornos astronômicos em troca. Utilizavam artimanhas químicas e encenações elaboradas, incluindo caixas térmicas preparadas com papel moeda oculto, trocas sorrateiras durante “processos de fabricação” e manobras para manter as vítimas sob ilusão até o último momento, antes de desaparecerem com o dinheiro original.
Após induzirem pessoas a investirem dinheiro, um grupo desaparecia com os valores, deixando as vítimas sem recursos e temerosas de denunciar por estarem envolvidas em atividades ilícitas.
Em decorrência da Operação Houdini, seis membros desse grupo foram condenados pela Justiça, em segunda instância. Quatro deles tiveram a prisão preventiva mantida, enquanto os outros dois apelarão em liberdade. Suas condenações abrangem furtos qualificados contra cinco vítimas distintas, além de integrarem uma organização criminosa.