O empresário Elon Musk intensificou sua polêmica com o Poder Judiciário brasileiro ao criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador brutal” e questionando a autoridade do magistrado, que não foi eleito.
Musk ameaçou desrespeitar ordens judiciais e até mesmo reativar contas bloqueadas por determinação do STF, alegando censura por parte de Moraes. Ele desafiou o ministro a debater publicamente as razões por trás da remoção de perfis em sua rede social.
O empresário também acusou Moraes de ter supostamente retirado o ex-presidente Lula da prisão, o que não condiz com a realidade, uma vez que o ministro não foi responsável por julgar os processos penais do político.
Em resposta às declarações de Musk, Alexandre de Moraes incluiu o bilionário em um inquérito que investiga uma suposta milícia digital e abriu outra investigação para apurar se o empresário cometeu crimes de obstrução à Justiça e incitação ao crime. Estabeleceu-se também uma multa diária de R$ 10 mil para cada perfil reativado em desacordo com as determinações do STF ou do TSE.
Diante do embate entre as partes, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, pediu agilidade na discussão de um projeto de lei que visa regular as redes sociais, com o objetivo de combater a disseminação de fake news e proteger a democracia. O advogado-geral da União, Jorge Messias, denunciou ataques contra a democracia brasileira por parte da extrema direita e ressaltou a importância do respeito às leis do país pelas grandes empresas de tecnologia.