Um agente secreto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Magalhães Fernandes, teve sua aposentadoria cassada após ser acusado de participar de um esquema de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro que desviou R$ 10 milhões em 23 estados. Fernandes já ocupou um cargo de chefia no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República durante o governo de Michel Temer, mas foi exonerado sem alarde quando a Operação Ostentação foi deflagrada em maio de 2018.
O esquema de fraudes, que envolvia o desvio de dinheiro de contas online, foi investigado pelas polícias de Goiás e Tocantins. O irmão de Fernandes, Leandro Magalhães Fernandes, foi apontado como o líder do grupo, responsável por enviar vírus para os celulares das vítimas e acessar suas contas bancárias virtuais. O dinheiro desviado era direcionado para empresas de bitcoins e para pagar boletos de impostos. Parte dos valores desviados, cerca de R$ 5 milhões, foi destinada a Fernandes, sua noiva e outras pessoas ligadas ao esquema em Tocantins.
Em maio de 2018, a Operação Ostentação foi realizada, resultando na apreensão de carros de luxo, imóveis e na realização de mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos. A operação contou com a participação de policiais dos estados de Tocantins, Goiás e São Paulo, resultando em prisões, apreensões e bloqueio de valores das contas dos envolvidos.
No desenrolar do caso, em 2019, após um processo administrativo disciplinar, Fernandes solicitou sua aposentadoria do cargo de agente de inteligência. A portaria que cassou sua aposentadoria citou a infração ao inciso X do artigo 117 da Lei 8.112, proibindo servidores públicos de participar da administração de empresas privadas, exceto como acionistas.
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