O ministro do STF, Dias Toffoli, recebeu um novo pedido de político estrangeiro interessado em anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht em um processo criminal. Desta vez, é Luis Enrique Martinelli, filho do ex-presidente do Panamá, quem busca a mesma decisão favorável obtida por seu pai. Luis Enrique estava sendo processado por lavagem de dinheiro em um caso relacionado a pagamentos ilícitos da empreiteira entre 2009 e 2015.
O processo contra Luis Enrique Martinelli foi transferido para a Suprema Corte panamenha em razão de sua nomeação como deputado suplente do Parlamento Centro-Americano. Com a mesma argumentação utilizada no caso de seu pai, a defesa de Luis Enrique busca anular as provas provenientes dos sistemas Drousys e MyWebDay B, utilizados pela Odebrecht para subornos, que foram declaradas nulas pelo STF.
Luis Enrique também pede a proibição dos depoimentos de delatores premiados da Odebrecht como testemunhas na ação penal panamenha, por meio de videoconferência, devido à inviabilidade das provas apresentadas. O ministro Toffoli tem acatado pedidos semelhantes, reduzindo a lista de testemunhas que poderiam incriminar estrangeiros em casos envolvendo a empreiteira.
Além disso, Luis Enrique se declarou culpado por lavagem de dinheiro em um caso nos Estados Unidos em 2021, sendo condenado a três anos de prisão. Ele ficou detido até janeiro de 2023. O político segue sua batalha jurídica em busca de anulações de provas e restrições a depoimentos considerados inválidos.