Recentemente, sócios, ex-sócios e diretores da empresa de ônibus Transwolff, sob investigação por suposto vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), fizeram doações no valor total de R$ 240 mil para campanhas de vereadores do DEM (agora União Brasil) e do PT em São Paulo durante as eleições de 2020.
Do total doado, R$ 165 mil foram destinados ao DEM, partido que se uniu ao PSL em 2022 formando o União Brasil. Os recursos doados ao DEM foram distribuídos entre candidatos a vereador que foram eleitos em 2020, como Milton Leite, Adilson Amadeu, Eli Corrêa, Ricardo Teixeira e Sandra Tadeu.
Por outro lado, Luiz Carlos Pacheco, conhecido como Pandora e dono da Transwolff, junto com Robson Flares, diretor da empresa e da Cooperpam, foram presos recentemente. Pacheco fez uma doação de R$ 75 mil para o então vereador Antônio Donato (PT), que atualmente é deputado estadual e um dos coordenadores da pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura.
Antônio Donato explicou que Pacheco quis contribuir com um “candidato de oposição”, e que a doação foi feita de forma legal e registrada oficialmente durante sua campanha de reeleição a vereador. Pandora é associado à família Tatto do PT e ao vereador Milton Leite, e em 2006 negou qualquer relação com o PCC, embora tenha admitido a infiltração da facção na Cooperpam, cooperativa que deu origem à Transwolff.
Além disso, Robson Flares, também detido na operação, contribuiu com R$ 15 mil para uma campanha do DEM.
Recentemente, foi revelado que membros do DEM fizeram doações à direção municipal do partido, incluindo sócios da Transwolff. Cícero de Oliveira e Levi de Araújo contribuíram com valores de R$ 40 mil e R$ 30 mil, respectivamente. De acordo com Milton Leite, todas as doações foram legais, declaradas à Justiça Eleitoral e as contas foram consideradas regulares.
Do montante recebido pelo DEM, R$ 60 mil foram repassados para a campanha do vereador Adilson Amadeu (União). Moisés Gomes Pinto, um dos sócios da Transwolff, contribuiu com R$ 50 mil, enquanto Helena Cristina Reis Magela, ex-sócia da empresa, doou R$ 10 mil. O vereador é o único eleito cuja prestação de contas incluiu a origem das doações ao fundo municipal. Até o momento, ele não se pronunciou sobre os repasses.
Fica disponível o espaço para manifestação do vereador, caso deseje se pronunciar a respeito.