Um novo estudo realizado nos Estados Unidos sugere que o medicamento Ozempic, inicialmente desenvolvido para o controle da diabetes, pode ter potencial no tratamento da esclerose múltipla, uma doença neurodegenerativa. A pesquisa comparou a incidência da EM entre pacientes que utilizavam medicamentos para diabetes, como o Ozempic, e notou uma taxa abaixo da média de desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores analisaram dados de pacientes nos Estados Unidos que estavam utilizando medicamentos como o Ozempic e suas formulações similares. Descobriram que aqueles que tomavam Ozempic, dulaglutida e liraglutida apresentavam uma redução significativa no risco de desenvolver esclerose múltipla. O estudo mostrou uma redução média de 80% no risco, sendo 76% especificamente para o Ozempic.
Acredita-se que o efeito protetor desses medicamentos contra a esclerose múltipla possa estar relacionado à redução da inflamação no corpo, um fator chave na progressão da doença. A obesidade, que também envolve inflamações, possui características semelhantes à esclerose múltipla, o que pode explicar a conexão observada no estudo.
A presença de gordura em excesso no cérebro pode desencadear um estado inflamatório persistente que favorece o surgimento da esclerose múltipla. A pesquisa ressalta a importância de considerar o potencial terapêutico do Ozempic e medicamentos similares no tratamento desta doença neurodegenerativa.
Os pesquisadores concluíram em seu estudo sobre medicamentos antidiabéticos que induzem a perda de peso na prevenção da esclerose múltipla. Para saber mais sobre o assunto, acompanhe a editoria de Saúde no Instagram. Mantenha-se atualizado lendo todas as notas e reportagens de Saúde hoje. Clique no link para saber mais.