A próxima semana trará uma resposta da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso da fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19. A PGR irá decidir se irá denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com outros investigados, incluindo o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid e o deputado federal Gutemberg Reis. O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), e a manifestação da PGR será baseada em um relatório da Polícia Federal (PF), que indiciou várias pessoas ligadas à fraude e à inserção de dados falsos nos cartões de vacina.
O ex-presidente Bolsonaro foi acusado de ordenar a inclusão de seus dados e os da filha em um sistema do Ministério da Saúde, segundo o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid e análise de elementos como documentos e e-mails pela PF. Outras pessoas ligadas ao governo na época também teriam se beneficiado do esquema. No total, 17 pessoas, incluindo Bolsonaro, foram indiciadas pela PF por supostas inserções e falsificações nos cartões de vacina.
No caso, Bolsonaro foi acusado de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. O próximo passo é a análise do Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se apresentará denúncia à Justiça ou arquivará o caso sobre a adulteração nos cartões de vacina. Além de Bolsonaro, outros indiciados pela PF incluem Mauro Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, Gutemberg Reis, Marcelo Costa Câmara, Luis Marcos dos Reis, Farley Vinicius Alcantara, Eduardo Crespo Alves, Paulo Sérgio da Costa Ferreira, Ailton Gonçalves Barros, Marcelo Fernandes Holanda, Camila Paulino Alves Soares, João Carlos de Sousa Brecha, Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro, Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva e Célia Serrano da Silva.