Em 2016, Maria José Vilaça fez uma declaração controversa, comparando ter um filho gay a ter um filho toxicodependente. Posteriormente, alegou ter sido mal interpretada. Três anos depois, uma reportagem da TV revelou a psicóloga conduzindo uma sessão de “orientação espiritual” para homossexuais, que foi descrita como uma espécie de “conversão ou reorientação sexual”, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Carmo em Lisboa.
Maria José Vilaça marcará presença em um congresso voltado para jovens católicos em Fátima, onde falará sobre homossexualidade. Outro participante do evento é Luca di Tolve, apresentado como um “ex-gay” que mudou sua vida ao “voltar-se para Nossa Senhora” e agora é “pai de família”.
A deputada Isabel Moreira, uma das autoras da lei que proíbe “terapias de conversão”, pediu a intervenção da Ordem dos Psicólogos, após a exibição da reportagem que mostrou Maria José Vilaça expressando opiniões polêmicas sobre homossexualidade.
No evento, Maria José Vilaça e Luca di Tolve serão palestrantes. As palestras abordarão os temas “Homossexualidade: o que nunca vos foi dito” e “Eu fui gay… Hoje sou um pai de família!”. Apesar das críticas antecipadas, destacando a ilegalidade das “terapias de conversão”, é importante ressaltar que tais práticas são passíveis de pena de até cinco anos de prisão e proibição do exercício de determinadas atividades por períodos que variam de dois a 20 anos.