No próximo domingo, celebra-se o Dia Mundial do Café, uma bebida apreciada globalmente e conhecida por seus efeitos no corpo. Com apenas uma xícara, já é possível perceber mudanças fisiológicas, levantando questões sobre os impactos de consumir café diariamente.
A cafeína, presente no café, é a responsável por gerar sensações como aumento de energia. A quantidade consumida ao longo do dia está relacionada à maioria dos efeitos colaterais. Para evitar complicações, recomenda-se que adultos saudáveis não ultrapassem 400 mg de cafeína, o equivalente a quatro xícaras por dia. Já para gestantes, o limite seguro é de 200 mg, aproximadamente duas xícaras de café.
Após ingerir café pela primeira vez, é comum sentir-se mais alerta devido à ação da cafeína, que inibe a adenosina, substância que causa sonolência. A cafeína também estimula a liberação de adrenalina, acelerando a frequência cardíaca e aumentando o fluxo sanguíneo nos músculos. Embora o café proporcione vitalidade, não substitui uma boa noite de sono e pode perder seus efeitos se o cansaço persistir.
O café é famoso por auxiliar no trânsito intestinal, não pela cafeína, mas pelas propriedades dos grãos. Os ácidos presentes no café estimulam a produção do hormônio gastrina, que ajuda no funcionamento do intestino. Além disso, a bebida possui efeito diurético, facilitando a eliminação de líquidos pelos rins, sem apresentar risco de desidratação.
Estudos indicam que a cafeína presente no café pode melhorar o desempenho nos treinos, tanto aeróbicos quanto anaeróbicos, para atletas profissionais e amadores. Embora não seja comprovado que a cafeína acelere o metabolismo para favorecer a perda de peso, tomar uma xícara de café meia hora antes de um treino aeróbico pode resultar em benefícios para a performance física.
O consumo de café pode ter efeitos variados no humor das pessoas. Estudos indicam que o café consumido moderadamente pode reduzir o risco de depressão, pois a cafeína torna os receptores cerebrais mais sensíveis à dopamina, o hormônio da felicidade. No entanto, esse efeito é temporário, desaparecendo assim que a cafeína deixa o organismo, retornando o humor ao seu estado normal. Por outro lado, o excesso de cafeína pode causar agitação e nervosismo, podendo agravar quadros de ansiedade, pânico e outros distúrbios de humor e saúde mental.
Beber café também pode ter impactos na saúde, como o aumento da pressão arterial e cardíaca, o que pode prejudicar indivíduos com doenças cardíacas. Pessoas com diabetes devem ter cautela, já que a cafeína pode desencadear flutuações nos níveis de açúcar no sangue e afetar a sensibilidade à insulina. Além disso, a cafeína pode piorar sintomas em pessoas com distúrbios gastrointestinais ou refluxo.
O consumo regular de café pode levar à dependência, uma vez que a dopamina aumenta após sua ingestão. A falta de café pode causar sintomas de abstinência, como dores de cabeça e fadiga. É importante estar atento aos limites do consumo de café e aos possíveis efeitos adversos que a substância pode ter tanto no humor quanto na saúde em geral.
