Uma avaliação realizada pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) indicou que a advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, acusada de envenenar e causar a morte do ex-sogro e da mãe dele, em Goiânia, tinha conhecimento dos seus atos. O exame foi solicitado pela defesa da acusada para investigar sua sanidade mental. Em dezembro de 2023, Amanda teria oferecido alimentos contaminados com veneno propositadamente à família do ex-namorado. A junta concluiu que ela agiu com planejamento e premeditação, não apresentando sinais de restrição cognitiva ou doença mental.
O laudo psiquiátrico realizado em abril deste ano não identificou quaisquer condições que pudessem afetar a capacidade de Amanda de compreender seus atos. O documento elaborado pela junta do TJ-GO mencionou que a acusada demonstrou claramente um comportamento planejado e cuidadoso para evitar ser descoberta em sua intenção criminosa. A avaliação envolveu não só a própria Amanda, mas também sua mãe, com questionamentos sobre a infância da advogada.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Amanda teria comprado alimentos e adquirido 100 mililitros de veneno para cometer os crimes. Após oferecer os alimentos contaminados ao ex-sogro e à mãe do ex-namorado, os corpos das vítimas foram testados para mais de 300 substâncias, sem resultados positivos. O tipo de veneno utilizado só foi descoberto após a polícia encontrar uma nota fiscal do produto, além de rastrear pesquisas sobre venenos feitas pela acusada na internet. Mesmo estando detida, Amanda nega a autoria dos fatos.