Na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Petrobras realizada nesta quinta-feira, foi aprovada a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal, totalizando R$ 43,9 bilhões. Essa decisão, que gerou polêmica nos últimos meses, seguiu a orientação do governo federal, maior acionista da empresa, que deve receber aproximadamente R$ 6 bilhões desse valor.
O montante de 50%, equivalente a cerca de R$ 21,9 bilhões, será pago em duas parcelas, respectivamente em 20 de maio e 20 de junho deste ano. Essa questão dos dividendos gerou uma crise na Petrobras, refletindo nas ações da empresa negociadas na Bolsa brasileira (B3).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, posicionou-se contra o repasse da quantia, contando com o apoio de outros membros do governo e do PT, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Por outro lado, os representantes dos acionistas minoritários, presentes no Conselho de Administração da empresa, pleiteavam a distribuição de 100% da quantia.
No decorrer da polêmica, a diretoria da Petrobras, liderada pelo presidente Jean Paul Prates, presente na assembleia de acionistas, sugeriu o pagamento da metade do valor. A reunião teve a participação de 91,92% dos acionistas ordinários da estatal com direito a voto.
No decorrer da última semana, o Conselho da companhia concordou com a proposta dos 50%. Dos 11 conselheiros, 10 votaram a favor da divisão, sendo o voto contrário supostamente dado pela representante dos funcionários, Rosangela Buzanelli. Além disso, a assembleia ainda está para eleger os novos membros do Conselho, com 14 nomes concorrendo às 10 vagas disponíveis.