Um homem de 32 anos foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por alegadamente fazer parte de uma milícia e se passar por policial civil. Ele teria obtido acesso a viaturas, reuniões e operações em delegacias cariocas entre 2021 e 2023, repassando informações privilegiadas a um líder de milícia conhecido como Playboy. Investigações apontaram que ele também revendia munições apreendidas pela polícia e ajudava a milícia a obter carros clonados.
O acusado, apelidado de Russo, já tinha sido preso em 2017 sob suspeita de assassinato antes de chamar a atenção do MP por suas atividades com a milícia. A denúncia feita pelo MP inclui crimes como constituição de milícia privada, extorsão, receptação, usurpação de função pública, corrupção ativa, porte ilegal de arma de uso permitido, porte ou posse ilegal de arma de uso restrito e tráfico de armas.
O Ministério Público destacou a gravidade de um indivíduo, anteriormente detido pela polícia, conseguir se passar por policial civil anos depois e ter acesso a informações sigilosas. Uma operação recente mirou milicianos ligados ao bonde do Zinho, grupo atuante na Zona Oeste do Rio, mas o acusado não foi encontrado e está foragido.