Demora no atendimento de indígenas contaminados por mercúrio no estado do Pará

Representantes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) estão em diálogo com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) para incluir atendimento médico aos indígenas Munduruku no Hospital Regional do Tapajós, devido aos altos níveis de mercúrio em seus corpos. Os estudos da Fiocruz indicaram essa preocupação. Atualmente, falta recursos para exames complexos nas unidades de saúde básica do Médio Tapajós, incluindo as Casas de Saúde Indígena.

A implementação desse novo modelo de atendimento depende da decisão do governador do Pará, Helder Barbalho. Se aprovada, os Munduruku teriam acesso às instalações e ao corpo médico especializado do hospital. Alessandra Korap, líder Munduruku, espera que o governador dê sinal verde. Ela destaca a importância do cuidado com as causas indígenas.

Apesar das posturas ambientais adotadas recentemente, o governo de Helder Barbalho tem sido criticado por grupos indígenas da Amazônia. Antes de se posicionar favoravelmente à preservação ambiental, Barbalho celebrou o Dia do Garimpeiro no Pará e até homenageou o candidato presidencial Lula (PT). Essas atitudes geraram descontentamento entre os indígenas.

O uso de mercúrio na extração de ouro, principalmente na mineração artesanal, é um processo prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana. A substância é misturada ao ouro triturado formando uma amálgama, que posteriormente, ao ser aquecida, libera vapor de mercúrio. Esse método contaminante pode afetar o ar, água, solo e organismos vivos, resultando em sérios problemas de saúde e degradação ambiental.

About the author