O senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) propôs um projeto no Senado para alterar a forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo sua interpretação da Constituição Federal, o presidente da República não tem o poder de indicar os ministros, cabendo apenas ao Senado essa tarefa.
O projeto de Rogério sugere que a escolha dos ministros do STF seja feita pelos senadores, em uma votação semelhante ao conclave que elege o papa. Após cinco dias da vacância de um cargo no STF, os líderes do Senado apresentariam nomes avaliados por suas bancadas. Os indicados passariam por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, seriam votados pelo plenário.
A votação continuaria até que um candidato obtivesse a maioria absoluta dos senadores (41 votos). A cada rodada de votação, pelo menos um candidato seria eliminado, até que restassem apenas dois nomes. O presidente da República teria a responsabilidade de nomear o ministro do STF escolhido.
Essa proposta de Rogério está fundamentada em sua interpretação da Constituição e visa democratizar o processo de escolha dos ministros do STF, transferindo o poder de indicação para o Senado. No entanto, a aprovação desse projeto dependeria de uma ampla discussão e possíveis modificações, já que a indicação dos ministros do STF é uma questão de extrema importância para o país.