Em um cenário onde a fome é utilizada como arma de guerra em diversos contextos, os apoiadores de Bolsonaro se destacam pelo uso da mentira como instrumento de conflito. Seja assumidos ou disfarçados, eles não hesitam em disseminar informações falsas, mesmo que absurdas. Essa estratégia prejudica não apenas aqueles que os apoiam, mas também a população em geral. Grande parte dos eleitores do presidente reside no Sudeste e Sul do Brasil, seja por concordância com suas ideias ou por falta de alternativas viáveis nas eleições. A máquina bolsonarista de produção de fake news gera notícias inventadas que prejudicam, por exemplo, os gaúchos afetados pelas enchentes.
É importante salientar que não há “fake news supostas”, como alguns bolsonaristas tentam argumentar. Uma informação é verdadeira ou falsa, e veículos de comunicação sérios se retratam e corrigem quando erram. Por outro lado, indivíduos que não levam a sério a veracidade dos fatos costumam perpetuar a mentira sem remorso. É crucial distinguir entre erro e invenção. Enquanto cometer um equívoco e admiti-lo é aceitável, criar um fato inexistente é um crime.
A disseminação de informações falsas não é exclusividade dos apoiadores de Bolsonaro, mas é uma característica marcante deles e do líder. Desde a pandemia de Covid-19 até questões eleitorais, o padrão de mentiras é constante. Recentemente, a crise climática tornou-se alvo de distorções da verdade. Líderes políticos, como Jorginho Mello e membros da família Bolsonaro, propagam falsidades sobre impeçõa de ajuda humanitária em momentos de crise.
Nesse contexto, é essencial lembrar as palavras do escritor Affonso Romano de Sant’Anna, que expressou com poesia a implosão causada pela mentira. Em meio a um cenário nacional de desinformação persistente, a mentira é construída e perpetuada, enganando a morte e moldando um país onde a falsidade parece prevalecer diariamente.