O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, expressou sua opinião sobre a flexibilização das armas após um tiroteio nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, onde três pessoas, incluindo uma policial civil, foram mortas. Derrite, que é deputado federal licenciado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, considerou esse incidente um “péssimo exemplo” para levantar essa questão.
O tiroteio ocorreu quando o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, atirou e matou a policial Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, com uma pistola 45. Saladino ainda estava armado com uma pistola 380. A motivação do empresário foi a suspeita de que a policial e seu colega fossem criminosos ao pedirem imagens de câmeras de segurança para investigar um furto.
O secretário da Segurança Pública foi questionado várias vezes sobre o tema da flexibilização das armas, mas evitou abordá-lo durante a entrevista. Ele argumentou que, em 2019, o Brasil registrou a menor taxa de homicídios desde 2007, o que coincidiu com uma maior flexibilização e acesso ao porte e posse de armas no país. No entanto, ele enfatizou que isso não significa que liberar armas seja uma política de segurança pública, mas sim o direito à autodefesa.
Derrite alegou que a reportagem estava tentando usar um exemplo trágico para generalizar a questão das armas. Ele reiterou que a pauta relacionada às armas de fogo é responsabilidade do Congresso Nacional e sugeriu que o repórter visitasse a Praça dos Três Poderes. O secretário informou que, durante sua gestão, foram retiradas 9.865 armas das mãos de criminosos.