O governador do Acre, do Partido Progressista, enfrentará julgamento no Superior Tribunal de Justiça na próxima quarta-feira. Ele é réu em um processo que o acusa de participar de um esquema de desvios de verbas públicas no estado. A Procuradoria Geral da União acusa-o de diversos crimes, incluindo organização criminosa, corrupção e fraude em licitações. Além disso, familiares, empresários e servidores também estão envolvidos nas acusações de recebimento de propina e desvios em obras.
A Procuradoria Geral pede o afastamento do governador no STJ. A denúncia foi aceita e os ministros da Corte Especial devem julgar o caso. Apesar disso, mesmo sendo réu, não há expectativa de afastamento do cargo, pois os ministros consideram essa medida uma condenação antecipada e alegam que os fatos que motivariam o afastamento não possuem sustentação em argumentos atuais.
No ano passado, o governador foi denunciado por suspeita de envolvimento em uma organização criminosa que teria causado um prejuízo de milhões aos cofres públicos. A PGR solicitou seu afastamento no mesmo período. Em seguida, o governador buscou no Supremo Tribunal Federal derrubar as investigações que resultaram na denúncia, argumentando que a competência do STJ para investigar governadores teria sido violada no início das apurações da Operação Ptolomeu.
O julgamento vai ocorrer na próxima semana, e o desfecho desse processo envolvendo o governador do Acre está sendo aguardado com grande expectativa no cenário político do estado.