A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, discutiu sobre a fila de espera por procedimentos de saúde na região. Ela mencionou que, apesar de haver pacientes duplicados e erros de encaminhamento na base de dados, a fila é extensa, como no caso da cardiologia, que está agendando pacientes para agosto de 2023. Lucilene destacou que a plataforma de acompanhamento do SUS do DF está em processo de melhoria e que cerca de 35% dos registros foram devolvidos para verificação de necessidade real de atendimento.
A secretária também trouxe à tona as recentes nomeações de servidores da Saúde, priorizando médicos para áreas com carência de profissionais. Entre as especialidades, foram chamados ginecologistas, anestesiologistas e pediatras, zerando os cadastros de reserva. Dos 240 convocados, 120 já tomaram posse, e esforços estão sendo feitos para novas nomeações e concursos futuros em parceria com a Secretaria de Economia do DF.
Em uma entrevista mais detalhada, Lucilene mencionou que, dos mais de 900 mil pacientes aguardando procedimentos na rede pública de saúde, 591 mil estão em análise no complexo regulador para realização de exames, consultas e cirurgias. Ela ressaltou que medidas estão sendo adotadas para agilizar o atendimento, como a aquisição de equipamentos e a manutenção de instalações hospitalares.
O setor da saúde no Distrito Federal tem recebido uma grande demanda de pacientes, inclusive de outras regiões do país, devido à localização estratégica da capital. Alguns pacientes migraram para o DF, gerando dados valiosos que estão sendo aprimorados e construídos.
A Secretaria de Saúde utiliza diversos painéis de monitoramento, totalizando 252, disponíveis no Info Saúde. Esses painéis fornecem informações como mapa social do Ministério Público, acompanhamento da situação da saúde, monitoramento da dengue em tempo real, entre outros dados. Essa transparência busca informar a população e subsidiar a gestão da Secretaria de Saúde para melhorar o atendimento nos hospitais.
Os painéis também auxiliam na gestão de emergências hospitalares, mostrando o número de pacientes atendidos e em espera, permitindo o remanejamento de profissionais conforme a necessidade. Apesar de ainda em construção, esses painéis visam evitar duplicações no atendimento e garantir maior eficiência no sistema de saúde.
Recentemente, houve nomeações em algumas especialidades na Secretaria de Saúde do DF, e há planos de realizar mais nomeações e concursos ao longo do ano para aumentar a força de trabalho na área da saúde. O objetivo é atender a demanda da população de forma eficaz e cumprir as obrigações do Sistema Único de Saúde, garantindo um serviço de saúde de qualidade em constante melhoria.
Recentemente, ocorreu a convocação de 240 médicos de diversas especialidades, com foco especial em áreas comprovadamente deficitárias na rede de saúde. Do total chamado, 120 profissionais assumiram seus cargos, resultando em uma adesão em torno de 48% a 49%.
Essa adesão contribuiu para fortalecer a equipe médica em áreas como neonatologia, pediatria, ginecologia e anestesiologia. A contratação temporária de 200 médicos generalistas também foi realizada, sendo que 186 destes médicos aceitaram a proposta. Alguns desafios relacionados a especialidades específicas, como pediatria, foram destacados, com apenas 13 dos 73 pediatras chamados aceitando a posição devido a questões como a necessidade de conclusão da residência médica.
Outros concursos e processos seletivos estão em andamento para preencher vagas em diferentes áreas da saúde, incluindo agentes comunitários e de vigilância ambiental, além de enfermeiros e técnicos em enfermagem. O foco é abranger todas as frentes e garantir a cobertura das necessidades em todos os níveis de atendimento, desde a atenção primária até a alta complexidade.
Uma questão levantada foi a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sob a gestão do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF). A Secretaria de Saúde acompanha de perto a situação do Iges, considerando que é uma entidade contratada para gerir instituições de saúde como os hospitais de Base e de Santa Maria, além das UPAs.
No cenário da saúde pública, a ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família visa desafogar a demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), priorizando a atenção aos pacientes menos graves. Com o apoio de programas governamentais, como o Mais Médicos, equipes dedicadas trabalham para resolver grande parte dos problemas de saúde da população, embora desafios como a pandemia e surtos de doenças sazonais, como a dengue, imponham dificuldades adicionais.
A chegada de pacientes às UPAs, incluindo aqueles classificados como amarelos (de gravidade intermediária), exige um planejamento estratégico por parte da Secretaria de Saúde. A necessidade de aumentar a capacidade de leitos hospitalares para pacientes que exigem internação e a construção de hospitais de retaguarda são medidas fundamentais para garantir um atendimento eficaz e ágil à população suscrita ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Com cerca de 70% da população do Distrito Federal dependendo exclusivamente do SUS, o complexo sistema de saúde demanda rapidez, eficiência e satisfação dos serviços prestados. O enfrentamento da dengue, particularmente, tem recebido atenção especial, com a tendência de redução dos casos na região após a introdução do sorotipo 2. O monitoramento e assistência às vítimas da doença continuam sendo prioridades, com esforços voltados também à imunização por meio da vacinação.
Quanto à vacinação contra a dengue, a adesão da população tem sido encorajadora, com doses sendo aplicadas em salas de vacinação em todo o Distrito Federal. A disponibilidade de vacinas para faixas etárias específicas, somada ao planejamento de ampliação da imunização conforme novas doses são adquiridas pelo país, reflete a busca por uma população imunizada contra os sorotipos dominantes da doença.