Um recente estudo divulgado pela Firjan revelou que a maioria dos estados brasileiros terminará o ano de 2024 com déficit financeiro, estimado em R$ 29,3 bilhões. Apenas quatro estados, incluindo São Paulo e Espírito Santo, devem fechar o ano com as contas equilibradas.
O Rio de Janeiro se destaca como o estado mais deficitário, com um déficit de R$ 10,4 bilhões, seguido por Minas Gerais, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul. A situação financeira precária é agravada por situações como as chuvas recentes em alguns estados.
Os estados passaram por um período de relativa estabilidade fiscal, impulsionado por fatores como alta arrecadação e congelamento de despesas com juros. Porém, a redução da inflação e o aumento de despesas com juros e salários do funcionalismo público impactaram negativamente as finanças estaduais.
Além dos fatores conjunturais, os estados enfrentam problemas estruturais, como déficits na previdência e rigidez nos orçamentos. Cerca de metade dos recursos estaduais são destinados a despesas obrigatórias, como pessoal e dívidas, o que limita a capacidade de investimento.
A baixa capacidade de arrecadação, aliada à alta carga tributária em alguns estados, é outro desafio. Por exemplo, o Rio de Janeiro possui altas alíquotas de impostos, mas enfrenta dificuldades em atender às demandas da população devido à falta de eficiência na arrecadação, especialmente no setor de petróleo.